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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008




A LENDA DA LAGOA DAS SETE CIDADES

Há muitos, muitos anos, vivia no Reino das Sete Cidades uma pequena Princesa chamada Antília.
A menina era a filha única de um velho Rei viúvo que era conhecido pelo seu mau feitio.
Senhor das Alquimias e do Saber, o Rei vivia em exclusivo para a sua filhinha, não gostando que a Princesa falasse com ninguém.
A menina ora estava com o pai, ora estava com a velha ama que a criara desde o nascimento, altura em que a Rainha sua mãe falecera.
Os anos foram passando, Antília foi crescendo e um dia já não era mais aquela menina de tranças loiras caídas sobre os ombros, enfeitadas com flores silvestres; tinha-se transformado numa linda jovem, uma Princesa capaz de encantar qualquer rapaz do seu reino.
Contudo, se todos ouviam falar da beleza da jovem Princesa, eram poucos ou nenhuns os que a conheciam, pois o Rei não gostava que ela saísse do castelo nem dos jardins que o circundavam.
Mas Antília não se deixava intimidar pelo pai, e com a ajuda da velha ama costumava esquivar-se todas as tardes, enquanto o Rei dormia a sesta depois do almoço.
Saía pelas traseiras, sem que ninguém a visse, e ia passear pelos montes e vales próximos.Num desses passeios, andando pela floresta, um dia a Princesa escutou uma música. A música era tão linda, encantou-a de tal forma, que ela se deixou guiar pelo som e foi descobrir um jovem pastor a tocar flauta, sentado no cimo de um monte.
Era ele o autor de tanta maravilha! A Princesa, encantada, deixou-se ficar escondida a ouvir o jovem a tocar flauta.
E ouviu-o escondida durante semanas, até que o pastor, um dia, a descobriu por detrás de uns arbustos.






Ao vê-la foi amor à primeira vista, e era recíproco, pois ela também estava apaixonada por ele.
Os jovens continuaram a encontrar-se.
Passavam as tardes a conversar e a rir, o pastor a tocar para a Princesa e ela a escutá-lo enlevada, e ambos se sentiam muito felizes juntos.
Um belo dia o pastor decidiu pedir a Princesa em casamento. Logo pela manhãzinha, o jovem bateu à porta do Castelo, e pediu ao criado para falar com o Rei. Pouco depois o criado voltou e levou-o à presença do Soberano.
Muito nervoso mas determinado, o pastor fez-lhe uma vénia e, olhando-o nos olhos, disse:
-Majestade, gosto muito de Antília, sua filha, e gostaria de pedir a sua mão em casamento.
- A mão de minha filha, NUNCA... OUVIS-TE... NUNCA!- disse o Rei aos berros.
- Criado, põe este pastor atrevido na rua. O jovem bem tentou argumentar, mas ele não o deixava falar, e expulsou-o do Castelo.
Em seguida o Rei mandou chamar Antília e proibiu-a de ver o pastor. Antília mais não fez do que acatar as ordens do Rei seu pai. E nessa mesma tarde foi ter com o seu amor e disse-lhe que nunca mais se podiam encontrar.
Os dois jovens choraram toda a tarde abraçados. As suas lágrimas, de tantas serem, formaram duas lindas e grandes lagoas, uma verde da cor dos olhos da Princesa, a outra azul da cor dos olhos do pastor.
E ainda hoje estas duas lagoas continuam no Vale das Sete Cidades, na Ilha de São Miguel, lá nos Açores, para avivar a memória de todos quantos por ali passam, e recordar o drama dos dois apaixonados.




2 comentários:

Estrela do Sul disse...

Linda lenda, cara amiga.
Eu próprio em 11 anos que passei nos Açores, ouvi muitas vezes essa lenda.

Uma linda semana

Bjinho amigo

Mario Rodrigues
estreladosul.blogs.sapo.pt

Divinius disse...

A LUZ QUE TE DEIXO É DA COR DA MINHA VIDA...)
Gostei do blog:)
Bom fim de semana:)



©2007 '' Por Elke di Barros